Somos feitos de tanto, E com tanto para dar, Custa-me olhar em volta, E sentir tanta dor no ar. Gosto tanto do que faço, Mas custa-me um outro tanto, Parece que estão apenas a sobreviver, E por enquanto, Só queria um tanto de coração, Para não tanto transparecer. Nós somos a canoa, Se eles forem as pás, E se eles virarem confusão, Nós tentaremos a paz. Somos o olhar atento, E somos o escutar preocupado, Somos a mão amiga, Naquele dia mais nublado, Somos o que (...)
Somos o mistério mais bonito, Fragmentos deste universo, Teremos o nosso futuro escrito? Não passa de um assustador manuscrito. Sou só eu que tenho medo? Até de como irei morrer... Não quero de todo sofrer, Um segredo que nunca vamos saber. Desculpa-me um tema tão triste, Mas é algo que me assombra, Não como um fantasma de baixo da cama É um triste poema que por vezes, o meu coração clama. (Não penses nisso!), Eu digo Assim, para me tentar enganar Nao da para fugir (...)
Agora parece-te difícil dizer adeus, Enquanto sofres tanto, Sei que te parece um castigo de Deus, Mas por agora não vai passar, te garanto. As feridas demoram tempo, Não penses que é um passatempo, Respira fundo as vezes que forem precisas, Um dia as pontas estarão lisas, E quando ollhares para trás, Vais perceber que foi só um contratempo. Quando vires com toda a tua atenção, Os bordos estão limpos e prestes a fechar, Não penses que é de um dia para o outro, Vais (...)
Eu hoje queria muito dizer, O que sinto sobre este enorme ser, De amor gigante, cujo tamanho desconheço, E é sem dúvida, o ser mais incrível que conheço. Tem os olhinhos mais meigos do mundo, E um beijinho tão imundo, Tem quatro patras cheias de energia, É o (meu) milagre da biologia. Não posso negar, dá trabalho, dá cansaço, Mas também dá alegria, Também te dá um abraço. Se tiveres um biscoito dá mais cinco, E rebola quando obrigas, Por vezes sai do trinco, C (...)
Obrigada por me trazeres à terra quando mais ando na lua, e por esse teu ombro, quando o chão parece que descai, pela manta quentinha quando tremo de frio, e pelo empurrão quando me falta o brio. Obrigada por esse teu coração tão bom, neste mundo gigante que eu não entendo. Obrigada por seres a paz no meio da trovoada, a luzinha naquela manhã enevoada. A mão que está sempre forte e que me segura, Sinto-me verdadeiramente abençoada. Se um dia a vida me levar para longe de ti, prome (...)
Tu dizes para ti mesma (eu consigo), e repetes todos os dias. E tu achas que consegues. Mas a verdade é que não consegues. Quando ele te toca, tu não consegues. Não há como conseguir. Vá, repete mais uma vez. Mas entretanto sais de manhã com um beijinho de despedida e com a esperança de que não fique nada no pensamento, quando a verdade é que a única coisa que te ficou no pensamento o resto do dia, foi ele. Ele e aquele beijinho. Ele e aquela noite. Ele e aquele dia. Ele. Julieta
Não sei bem como começar esta primeira publicação. Nem sei muito bem descrever-me enquanto pessoa. Mas parece-me correto dar-me a conhecer um bocadinho. Eu sou a Julieta, tenho 20 anos, sou aquela típica pessoa que dá valor às coisas mais pequeninas. Sou feliz com os meus dois cães, gosto de sol na cara, e sou apaixonada pela primavera e o outono. Gosto de dar beijinhos na testa, gosto de rodopiar na minha cozinha, gosto mais da praia nos dias frios, e gosto de pisar as (...)