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Um tanto

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Somos feitos de tanto,

E com tanto para dar,

Custa-me olhar em volta,

E sentir tanta dor no ar.

 

Gosto tanto do que faço,

Mas custa-me um outro tanto,

Parece que estão apenas a sobreviver,

E por enquanto,

Só queria um tanto de coração,

Para não tanto transparecer.

 

Nós somos a canoa,

Se eles forem as pás,

E se eles virarem confusão,

Nós tentaremos a paz.

 

Somos o olhar atento,

E somos o escutar preocupado,

Somos a mão amiga,

Naquele dia mais nublado,

Somos o que for preciso,

Para ajudar aquela pessoa,

Às vezes,

Somos só um sorriso. 

 

Julieta 

 

[ Para ser sincera, sinto me com necessidade em justificar estas palavras. Támbem para vos dar a conhecer um pouco mais de mim. Eu estou no 3.º ano da licenciatura em enfermagem, e escrevi estes versos durante o meu estágio de saúde mental. Neste estágio lidamos com pessoas “para a vida” uma vez que são doenças mentais e crónicas. As patologias mais frequentes são por exemplo a esquizofrenia e surtos psicóticos, o que causa uma imensidão de dor às pessoas que não está visível assim ao primeiro relance. Está tudo dentro deles, por vezes muito bem escondido. E sabe tão bem fazer a diferença na vida destas pessoas ]

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